Opinião:
“O Diário de Anne Frank”,
é um livro sobejamente conhecido, comovente, sobre uma jovem e a sua família, antes da sua captura, a partir do momento em que foi enviada a 4 de Agosto de 1944, para os
campos de concentração, sabe-se muito pouco ou nada, e foi isso que o autor
deste livro tentou saber, entrevistou seis mulheres sobreviventes, que de
alguma forma se cruzaram com Anne Frank, ainda que
superficialmente, não numa ligação intima, mas através dos seus relatos
pessoais podemos ter uma pequena ideia daquilo que a jovem passou.
Não considero por isso um
livro sobre Anne Frank, mas sim sobre seis sobreviventes que sofrerem atrocidades às mãos de outros humanos, de uma
maldade sem limites, aguentaram horrores para além da capacidade
humana da sua resistência, e o facto é que sobreviveram, já a jovem Anne que morreu
pouco antes de completar 16 anos, nos campos de concentração nazis, não teve a mesma sorte, e esteve tão perto de o conseguir.
Apesar de já ter lido
vários livros sobre este assunto, nada me prepara para quando estou a ler estes
relatos, é inimaginável as atrocidades cometidas, e se pensamos que já lemos
tudo sobre o Holocausto, estamos completamente enganados, pois existe tanta coisa que não sabemos,
e por mais que tente perceber, não consigo, revolta-me de forma abismal tamanha
desumanidade cometida contra outros seres humanos.
Neste livro estão seis testemunhos
impressionantes, arrepiantes, sobre o horror que foi o Holocausto, o genocídio
cometido num passado não muito distante, contra um povo cujo o único crime foi o
de serem judeus, por isso todos temos o dever de alguma forma de manter bem
vivos estes relatos de terror, para que se impeça e não voltem a ser cometidos de novo tais actos de barbaridade, que ceifaram milhões de inocentes, que fiquem na memória de todos, para que não se repita nas gerações futuras. Leiam, divulguem, façam
alguma coisa, mas não deixem cair no esquecimento.
(Leitura feita em Novembro)
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